"É na Cruz que o Santo Amor, a alma amante purifica."

"É na Cruz que o Santo Amor, a alma amante purifica."
"Escandalo para os judeus. Loucura para os ímpios. Mas pra nós é Sabedoria Divina"

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inútil e miserável servo de Deus

segunda-feira, 15 de março de 2010

O Tempo e a Morte

Imagem da Criação. Carpe Diem - Aproveite o dia.



Aproveitar o dia, não é usar a matéria vendo-a como um deus. Mas utilizá-la da forma adequada de modo a VER Deus que o presenteou com ela.






No instante em que somos concebidos no ventre materno, em que a alma se funde com a matéria num dos maiores mistérios do universo. Neste milagroso instante em que duas céculas haplóides se unem para formar uma primária célula diplóide, dotada não só de vida, porém, mais que isso de um espírito. Neste instante em que Deus cujos cientistas modernos denominam de "pura sorte" cria seu filho, um relógio começa a marcar um tempo. Uma variável é criada. Esta variável vai depender de numerosos fatores, sistemas e matrizes que calcularão a longevidade da mesma.



Muitos nem se quer chegarão a aprender a andar, falar, comer, brincar, reproduzir e mesmo ensinar, enfim, vivenciar as coisas da matéria e do espírito neste planeta. alguns por força de fatores que não conhecemos por completo, outros por força da omissão de semelhantes seres e outros ainda, por força da falta de amor nos corações dos seres a quem Deus os confiou.



Mas o que se conclui é que a cada dia estamos mais perto da nossa morte. Cada dia que passa é um passo para a morte que damos. Apesar de ser uma lógica de fácil entendimento, não é compreendida pela maior parte de nós humanos. Por uma simples razão. Quanto mais nos ligamos a matéria e nos distanciamos do espírito, menos queremos encarar a verdade.




Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face.



A verdade é que a matéria é só matéria. A verdade é que "vieste do pó e ao pó retornarás!" E quando nós nos apegamos ao "pó" não queremos nada além disso.




Na Santa Missa, no início da Oração Eucarística, o padre diz: "Corações ao Alto!" E respondemos: "O nosso coração está em Deus!" Em outras palavras isso quer dizer: Corações ao Alto - Vossos pesamentos e atitudes devem estar direcionados ao Alto. Ao Estírito de Deus. Às coisas do Alto. Às coisas de Deus. E os fiéis respondem: O nosso coração está em Deus - Nossos pensamentos e ações estão direcionados a Deus. É nEle em quem confiamos. É nEle em quem vivemos.




Mais na frente após a consagração e transubstânciação o padre ergue o corpo de Cristo Jesus e diz: Por Cirsto. Com Cristo e em Cristo. .... Eis outro grande e maravilhoso mistério: É por Deus, Com Deus e em Deus que vivemos. Nossa vida deve pois, seguir este preceito: Tudo que fazemos. Tudo que comemos. Tudo que falemos. Tudo que toquemos, Tudo que cultivemos, Tudo que ouvimos, Tudo que Cheiramos. Tudo que olhemos. Enfim. Em tudo de nossa vida devemos pois pensar ser pra Deus.

Contudo, quanto tempo de um dia (somente), você pensa em Deus? Das últimas 24 horas, contabilize quanto tempo você pensou em Deus. ..... Cruel né? Pois é! E ainda assim Deus nos ama com amor eterno. É como aquela música: "Sou gota derramada no mar"

Santo Agostinho conheceu Deus quando já adulto. Ele já tinha provado de muita coisa. E como um homem muito inteligente, sabia que nada daquilo que tinha experimentado, tinha lhe dado o ouro do todos os homens. Então ao encontrar Deus escondido ele chorou. E exclamou uma das mais belas frases do mundo: "Quão tarde te amei?" Quanto de areia passou pela estreita passagem da ampulheta da minha vida, até que eu Te conhecesse, meu Senhor? Quanta areia perdida sem teu reconhecimento? Mas a areia que ainda resta, seja somente para ti. E ele soube dedicar o resto da areia da ampulheta de sua vida ao seu Criador.

Ampulheta. Simples instrumento que marca o tempo a partir da queda de grãos de areia.



O tempo passou bastante para que Santo Agostinho encontrasse Deus. Mas não é que Deus estava escondido. Bem. É assim. Essa comparação que vou fazer não é minha. É do próprio Santo Agostinho:


Uma noiva recebe do noivo um anel de brilhante. Ela fica tão facinada com a beleza e o brilho do anel que esquece do noivo e vai embora pra casa, contemplando o anel. Bem. A noiva somos nós. O noivo é Deus. E o anel é tudo aquilo que Deus criou e nos deu de presente. As pessoas, as coisas, as comidas, os aminais e plantas, os anjos. Enfim toda a criação.



Então se nós vemos no sexo (que é um presente de Deus) o nosso deus? Nós só temos olhos para "o nosso deus". E como só vemos o sexo como fonte de felicidade, não enxergamos Deus de verdade, porque só temos olhos para o "nosso deus" o "sexo". Deus não se escondeu. Mas aos nossos olhos Ele está escondido. Entende? Não só não o vemos, como também nos afastamos dEle. É opção nossa. Não VER a Deus é consequência das nossas escolhas.




A morte chega pra todos. Até para o próprio Deus vivo. Com uma diferença sutil. rsrsrs. Se formos a tumba de Tutakamom. Ele tá lá. Se formos a tumba de Lenin. Ele tá lá. Enfim. Jesus Cristo foi o único que ressucitou dos mortos. Este mistério rasgou o véu do céu. E nos permitiu chegar a Deus. A ressurreição de Cristo mudou a história da humanidade. A ponto de dizermos história antes de Cristo e depois de Cristo. Prefigurando assim que nossas vidas também podem ser divididas em a.C. e d.C.

Exemplo: Santo Agostinho aC. é um, dC. é outro. Paulo de Tarso aC é Saulo, dC. é São Paulo.


Mas a morte chega pra todos. E porque não nos prepararmos para este belo encontro. São Francisco de Assis costumava chamar a morte de "irmã morte". A tratava como uma irmã que lhe encontraria um dia. Quando nós nos conscientizamos da morte, passamos a valorizar a vida. Não valorizando a matéria como deuses. Mas as vendo como presentes de Deus.



Não há como se arrepender depois da morte. Porque com a morte a variável "tempo" inexiste. E como o arrependimento está lidago diretamente a algo que "fiz" (no passado), está pois ligado intimamente ao tempo. E como o tempo não mais existe, não pode pois, existir arrependimento.


Corpo incorruptível de São João Maria Vianey, o padre de Ars, ou Cura d'Ars. Ele sim, viveu o Carpe Diem.


A morte consagra ou estraga a vida. Se vive-se pois, uma vida plena de graça de Deus. É de se esperar que a morte seja pois, em estado de graça. Contudo, é necessário vigiar e orar para que não caiais em tentação. A tentação nos leva a transgredir as leis de Deus. E transgredindo Suas Leis, passamos a estar pois em estado de desgraça. Não que Deus tenha se afastado de nós. Mas, ao contrário, somos nós que nos afastamos dEle por opção de convivermos no pecado, longe de Sua graça. Uma das características primordiais do pecado é a vergonha. A vergonha, causada pela acusação da nossa consciência, faz com que escondamos a nós e ao nosso pecado. A mentira é consequência direta do pecado.



Sendo assim, quando comungamos com as transgressões nos afastamos cada vez mais de Deus. De modo que na hora de nossa morte "escolhemos" estar bem longe de Deus. E acabamos por nos condenar a ausência completa de Deus, ou seja, o inferno. Do contrário. Se estamos sempre a nos levantar das quedas. Chegará o dia em que cairemos e na morte seremos erguidos por Deus, porque ensaiamos a vida inteira ser erguido por Deus.



Cada vez que nos arrependemos e confessamos nossas faltas, estamos ensaiando o dia em que Deus nos erguirá definitivamente. O dia de nossa morte. O dia de nossa passagem. O dia de nossa Páscoa.







Um abraço e uma prece.

Um comentário:

  1. Que bela verdade! Que tenhamos o discernimento de entendermos que a vida aqui na terra é passageira, mas para os que herdarão o céu é eterna!

    Abraço!

    valeu!

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