"É na Cruz que o Santo Amor, a alma amante purifica."

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"Escandalo para os judeus. Loucura para os ímpios. Mas pra nós é Sabedoria Divina"

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inútil e miserável servo de Deus

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Música na Liturgia

 


A música deve SERVIR a Liturgia. O ministério de música durante a Santa Missa deve acompanhar a Liturgia. Primeiramente deve-se escolher músicas de acordo com o Tempo Litúrgico (ver Calendário Litúrgico).

As músicas tocadas no Tempo do Advento não são as mesmas do Tempo Comum. E nem as do Tempo da Quaresma são as mesmas do Tempo Pascal. Nossa Igreja é riquíssima. Existem músicas para todos os Tempos. Não há necessidade de se colocar uma música profana na Santa Missa. Entenda-se por "profana" toda e qualquer música que não seja Sacra, portanto é qualquer música que não seja feita exclusivamente pra Deus.

- Mas as músicas de Roberto Carlos são tão lindas. Falam de amor e tudo. ...

Mas não são sacras. Entenda-se por música sacra aquela música erudita própria da Tradição judaico-cristã. São as músicas feitas EXCLUSIVAMENTE para Deus.

O ministro de música está na Igreja para SERVIR a Deus. E não para exibir-se pra Deus e muito menos pra assembléia. Deve usar roupas discretas, sem decotes, como convém a um cristão. Assumir uma postura de serviço e está sempre alerta. Ser obediente sobretudo ao Sacerdote e a Igreja. Ser Casto, Cortês, Educado e Fiel a Santa Igreja. Lembrando que muitos irão reparar nas atitudes do ministro de música e tachá-lo dentro da sociedade.

Isso tudo tem um porquê. Quando o ministro toca/canta, sem querer ele rouba a atenção dos fiéis para si. E é exatamente o que não deve acontecer. Então quanto menos atenção ele chamar pra si, melhor.

Não esqueçamos que a Santa Missa é celebrada pela Igreja Militante (nós e tudo o que vemos, sentimos e tocamos) e a Igreja Padecente (Almas do Purgatório) e a Igreja Triunfante (Corte Celeste - Anjos e Santos). Isso tudo acontece em cada Missa que celebramos. E muitas vezes não nos damos conta dessa Magnitude que participamos.


Recordo que nas Igrejas mais antigas, o coral e o ministério de música, ficavam num andar superior no fundo da Igreja. De modo que ninguém os via, contudo seu serviço na missa chegava a todos. O ministério de música, deve ainda evitar falsetes e solos de instrumentos, porque desfiguram a música e atraem atenção para si, a não ser numa apresentação depois da Santa Missa.

Também não é recomendado, embora não exista nenhuma proibição escrita por parte da Igreja, a utilização de músicas protestantes na Santa Missa. Isso se deve ao fato de que nosso repertório (músicas católicas) é riquíssimo e não se faz entender, colocar música protestante ainda que seja para Deus, numa Celebração Litúrgica.

Podemos cantar música protestante nos grupos de oração, grupos de jovem, catequese. Não é pecado. Mas na Liturgia devemos evitar.

Nas músicas tocadas nos Tempos de Penitência (Quaresma e Advento) deve omitir-se a percussão. Pois o ritmo gerado por estes instrumentos, não condiz com a vivência do Tempo Litúrgico que é um tempo de jejum, abstinênica e penitência. Um tempo de contrição.

Recomenda-se a chegada do ministério de música, pelos menos com 45 minutos antes do início da Celebração Eucarística, para oração de entrega (afinal é um serviço pra Deus), afinação de instrumentos, acertos finais e ensaio geral. Lembre-se: Para Deus O MELHOR DE MIM.

Neste Vídeo da Resposta Católica o Padre Paulo Ricardo esclarece como devem ser as músicas da Santa Missa.




Partes da Santa Missa



Canto de Entrada

O Canto de Entrada deve ser alegre e que demonstre o acolhimento da assembléia ao Presidente da Celebração. O sacerdote é dito "presidente da Celebração" porque na verdade, todos os presentes são celebrantes da Santa Missa.

Há muitas dicas excelentes de Música na Liturgia, dadas pelo ilustríssimo Sr. Padre Paulo Ricardo em seu curso sobre Liturgia.



Ato Penitencial

As músicas tocadas no Ato Penitencial devem conter a oração "Senhor Piedade, Cristo Piedade, Senhor Piedade". Se a música não possuir estas palavras, não é Litúrgica. E caso no Ato penitêncial se cante uma música sem a oração acima, o presidente da celebração deve orar após o canto: "Senhor tende piedade de nós (a assembléia repete), Cristo tende piedade de nós (a assembléia repete), Senhor tende piedade de nós (a assembléia repete)."

No curso de Liturgia, o Padre Paulo Ricardo esclarece que existe uma diferença entre Ato Penitencial e o Kyrie. Deste modo pode ser rezado o CONFESSO A DEUS e depois cantado ou rezado o Kyrie.



Glória

O Glória NECESSARIAMENTE tem que glorificar as três pessoas da Santíssima Trindade. O ideal mesmo é que seja um Glória cantado nos mesmos termos do Glória proferido. Ou seja:
Glória a Deus nas Alturas
e Paz na Terra aos homens por Ele amados.
Senhor Deus, Rei dos Céus, Deus Pai, Todo-poderoso,
nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos,
nós Vos adoramos,nós Vos glorificamos
nós vos damos graças por Vossa imensa glória.
Senhor Jesus Cristo, Filho Unigênito,
Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai,
Vós que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
Vós que tirais o pecado do mundo,
acolhei a nossa súplica
Vós que estais à direita do Pai,
tende piedade de nós.
Só Vós sois o Santo. Só Vós o Senhor.
Só Vós o Altíssimo, Jesus Cristo,
com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.
Amém!



Salmo

O Salmo sempre que possível deve ser cantando, pois é uma oração poética. Quando não se puder cantar todo o salmo, pelo menos a Resposta deve ser cantada. É importante saber que o Salmo deve ser o que dita a Liturgia do dia e não este, ou aquele, por ser mais belo, ou mais conhecido.

Outra observação importante é que o Salmo é meditado, ou seja, o leitor/cantor deve dar a devida entonação e pausas necessárias.

O site da "Canção Nova" disponibiliza na aba "Liturgia Diária", o Salmo do dia cantado, com cifra e partitura. Fácil e rápido.





Aclamação ao Evangelho

A Aclamação ao Evangelho deve ser uma música breve, alegre e que fale da Palavra de Deus. Breve porque como foi dito no início, a música deve SERVIR a Liturgia. E deve ser cantada apenas para o percurso do sacerdote desde o Trono até o Ambão. Não deve pois, o ministério de música cantar a música toda, enquanto o sacerdote espera no Ambão. A música deve SERVIR e não "se apresentar".
A palavra Aleluia (Alegria no Senhor), presente em muitas Aclamações do Evangelho, não pode ser cantada na Quaresma. Portanto deve-se evitar até mesmo músicas que levem a assembléia a cantar, mesmo que em segunda voz, esta oração no tempo Quaresmal. (ex: ...Ele vive (aleluia), Ele reina (aleluia), Ele é Deus e Senhor..... Ou no Amém cantado: Amém (aleluia), Amém (aleluia), Amém , Amém, Amém)




Ofertório

A música do ofertório deve falar de oferendas ao Senhor, Pão e Vinho. Assim como na Aclamação ao Evangélho, o ministério de música deve está atento para cessar a música, tão logo o Sacerdote tenha concluído o rito do ofertório. Nunca é demais: A música deve SERVIR a Liturgia.

Quem determina o término da música do Ofertório é o rito do sacerdote e não a coleta.





Santo

O Santo deve conter NECESSARIAMENTE as orações entre aspas contidas nas passagens bíblicas abaixo citadas. Novamente o ritmo deve obedecer o Tempo Litúrgico. No Tempo Pascal e num Tempo de festa o Santo deve ser bem animado. É um hino de louvor. Contudo na Quaresma e Advento é bom optar por um Santo mais contido.

Tanto os que precediam como os que iam atrás clamavam: "Hosana. Bendito o que vem em nome do Senhor." (Mc 11,9)
"Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus do universo. A terra inteira proclama sua Glória." (Isa 6,3)




Canto da Paz

O ministério de música deve está sempre alerta, acompanhando todas as orações da Santa Missa. Somente se o Sacerdote convidar a Paz é que o ministério inicia o canto. O canto de paz deve ser alegre, contudo expressar uma alegria respeitosa, visto que estamos prestes a ceia do Senhor.

De preferência não deve haver palmas. A paz deve ser dada com respeito, sem esquecer o momento sublime que se aproxima (A Santa Comunhão). Evitar percussão e música ritimada independente do tempo Litúrgico.







Canto de Comunhão

O Canto de Comunhão deve tratar expressamente de Partilha e Jesus Eucarístico. Deve ser lento e sem falsetes. Deve levar a assembléia a meditar e não a cantar, pois é chegado o momento íntimo com Deus. Se houver percussão é somente para dar um compasso lento a música.

Contudo, há padres especialistas em Música na Liturgia, que recomendam somente um instrumental durante a comunhão (piano, violino, órgão, flauta...) sem canto algum. Ou no máximo um coral ministrando um canto gregoriano. Visto que é um momento pessoal com Deus. E que cada um deve está completamente voltado para Jesus Eucarístico, sem distração com letras e muito menos rítmos.


Coral e instrumentistas dos Arautos do Evangelho. Ordem e Respeito ao Sagrado durante a Celebração Eucarística. "O Belo atrai, mas é Deus quem converte." Não esqueçamos que a Celebração Eucarística é o encontro pessoal com Deus por excelência. E isso deve ser feito no mais sublime clima de oração.

Ação de Graças

O canto de Ação de Graças deve ser um canto que leve a meditação. Este canto deve ser ministrado durante a purificação feita pelo Sacerdote no Altar. Um canto gregoriano, ou uma música lenta que retrate a Liturgia da Palavra ou Festa da Celebração realizada. Caso não haja canto de Ação de Graças deve-se respeitar o Silêncio deste momento sublime. Deve ser evitado apresentações de danças e teatros, principalmente fazendo uso do Presbitério. Deve-se respeitar o momento de Ação de Graças, como um momento íntimo com Deus e não tirar a atenção dos fiéis. 


Qualquer apresentação desse tipo (dança e teatro) deve ser feito após o Oremos (quando termina a Santa Missa).







Canto Final 

O Canto final é uma música tocada na saída dos fiéis, após a Santa Missa. É um canto alegre. Pode ser em homenagem ao Santo do Dia, o Padroeiro ou a Nossa Senhora. Pode ser ritimado (com excessão da Quaresma e Advento).






Para os que servem a Santa Missa no ministério de música:

Uma dica muito importante para os ministérios de músicas que servem nas Santas Missas é que a música deve sempre servir a Liturgia. E não o contrário.

Quero dizer com isso, que o ministério de música deve está atento, para quando o presidente da celebração terminar seus atos litúrgicos, o ministério parar de cantar "imediatamente" no final da estrofe ou refrão que esteja cantando. Logicamente a parada deve ser suave e bem ensaidada (não abrupta).

Isso para o presidente da celebração não ficar meia hora em pé, esperando o ministério terminar de "se apresentar". A MÚSICA DEVE SERVIR A LITURGIA.









Um abraço e uma prece.

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