"É na Cruz que o Santo Amor, a alma amante purifica."

"É na Cruz que o Santo Amor, a alma amante purifica."
"Escandalo para os judeus. Loucura para os ímpios. Mas pra nós é Sabedoria Divina"

Coração de

Minha foto
inútil e miserável servo de Deus

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Troque seu cachorro por uma criança pobre

No dia 25 de dezembro de 2009, ao sair da missa de natal as 8:00 da manhã no mosteiro das Irmãs Concepcionistas em Fortaleza me deparei com uma cena que imediatamente me lembrou a música de Eduardo Dussec na década de 80.

Eu e minha esposa caminhando pela calçada. A Visconde do Rio Branco estava deserta. Nenhum carro transitando. Na esquina dois homens sem camisa lavando o carro. De repente saem duas mulheres, uma delas de camisola, gritando:

- Ta ali. Ta ali ele. Pega. Pega ele... (pensei que fosse um ladrão, característica fundamental de Fortaleza. Mas não vi ninguém. A não ser lá longe. Um cachorro. E os gritos seguiram.)

– Alguém pelo amor de Deus. Pega ele aí. Pelo amor de Deus. Ai meu Deus! – Mulher corre atrás. Corre. Alguém pelo amor de Deus, pega ele. (A expressão de desespero no rosto daquela mulher era horrível. Parecia que algo terrível estava para acontecer. E ela disparou a correr. E logicamente o cachorro também correu. Fugindo lógico.)

E eu e a Kelyne continuamos a caminhar. Eu não ia correr atrás de um cachorro. Não corro nem atrás do meu. Que dirá dos outros. É algo óbvio. Não se alcança um cachorro, ainda mais quando ele tem uma quadra de vantagem. E é isso que ele quer. Atenção do dono. Quando ele sentir fome e sede ele volta. Ele sempre volta.

Ao dobrar a esquina me deparei com a mulher parada de braços abertos, aos prantos gritando:
- Não faça isso com a mamãe não. Venha pra mamãe, venha. Oh, meu Deus. Venha pra mamãe, venha....

O cahcorro estava com aquela risada sarcástica. Acho que o cachorro deve ter pensado: Ta bom, já humilhei demais! Então ele foi ao encontro da sua dona. Ela se ajoelhou no asfalto abraçando o cachorro aos prantos.

- Não faça mais isso com a mamãe não. Oh, meu Deus. Ah, meu Deus. Mamãe quase morre, meu filho. Pelo amor de Deus não faça mais isso não. Eu te amo tanto. Não faça mais isso não. Mamãe te quer tanto bem, meu filho.

Eu realmente não acreditava naquela cena. Nem acreditaria se Lê-se num blog. Acho que seria muita fantasia. Mas meus amados acreditem. Foi exatamente dessa forma. Inacreditavelmente se tratam cachorros melhor do que seres humanos. Edurado Dussec deve ter visto algo parecido na década de 80 para escrever tal música. Mas é a pura verdade.

A que ponto chegamos? Ao ponto que cachorros são tratados como filhos. E filhos são tratados como cachorros. É absurdo. Mas é a mais pura verdade. E para aqueles que cuidam de cachorros como filhos e de filhos como cachorros leiam o poema de Eduardo Dussek.

Nenhum comentário:

Postar um comentário