
Vivemos tempos difíceis. Tempos em que não se distingue o bem do mal. O capirote mascara o mal de tal maneira que acabamos por optar entre o bom e o bom.
A escolha hoje em dia não é mais entre o ruim e o bom. Seria uma coisa muito fácil de escolher. Hoje devemos ter o discernimento para escolher entre o bom e o bom. O que o inimigo de Deus nos oferece é bom. E o que Deus nos oferece também é bom. O discernimento então está entre escolher o bom de Deus ou o bom do Diabo.
De fato reconheço que fica até difícil saber qual é o bom de Deus, quando nem mais se acredita no capirote. O fato de não crer no demônio, já é um dos seus maiores trunfos, para que você escolha enganado, o bom dele e não o bom de Deus. pois como você poderá distinguir o bom de Deus do bom do diabo se você nem acredita no autor da segunda bondade?
Contudo para você que ainda acredita no príncipe das trevas. Ainda assim não é fácil discrenir entre o bom dele e o bom de Deus. Isso porque o bom dele é pleno de beleza e fragância. Quanto que o bom de Deus sempre vem acompanhado de espinhos. Isso pode nos levar a optar pelo belo, já que estamos escolhendo bom e não o mau.
Este na verdade é um dos critérios de se saber qual é o bom de Deus. Porque o bom de Deus não expressa reconhecimento aqui na terra. O bom de Deus não nos felicita de imediato, nem nos enche de glória terrena. Mas o contrário. O bom de Deus nos fadiga, nos machuca, nos imputa uma imagem desfigurada.
Da mesma forma que Jesus foi esquecido, odiado, maltratado, renegado repuldiado, perseguido, desfigurado e martirizado. Quando optamos pelo bom de Deus assim também o seremos. "A perseguição é o termômetro do Cristão" disse Padre Paulo Ricardo.
Eis então, os critérios para discernir sobre o bom e o bom.
Saberás que estás escolhendo o bom de Deus, quando fores perseguido, caluniado, injuriado e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós. Alegrai-vos e exultai-vos. Pois será grande a vossa recompensa no céu. São palavras do próprio Cristo Jesus, lembra?

Pois estamos vivendo numa época em que devemos escolher entre o bem estar aqui na terra, ou a salvação de nossas almas para a eternidade.
Questões como aborto, o assassinato cruel e covarde de crianças no ventre de suas mamães, são colocadas em xeque pelo capirote, quando ouvimos incautos dizerem:
Mas é a vida da mãe que tá em jogo;
ou é uma vida não desejada;
ou é apenas o resultado de um estupro;
ou um feto sem chance de vida;
É fácil escolher ser pró ABORTO (o bom do diabo, porque com certeza não é o de Deus), quando nos enchemos de falsas explicações, procurando justificar nossa escolha pela morte de uma criança. Mas essa falsa explicação fica no subconsciente. Guardada. Muito bem guardada. E quando na páscoa pessoal. Chegar o grande dia. Aquela falsa explicação virá a tona. Como um navio afundado a muito. Cheio de cascas. Cheio de ostras. Nos surprenderá. Porque nunca vimos um navio vir atona antes. E nos fará chorar amargamente, como nunca antes. Nos fará ranger os dentes de arrependimento, por ter escolhido o bom que nos era mais cômodo. O bom que foi bom. Foi (no passado).
E se tivéssemos escolhido o bom que não era cômodo? O bom que nos trazia preocupações e responsabilidades? O bom que nos trazia dores e sofrimentos? Ah! Esse bom que nos trouxe tanto sofrimento agora, na nossa páscoa, nos justificará. Ouviremos de Deus: Entre meu filho. Estava a te esperar. A casa é sua. Seja bem vindo.
A Igreja nos mostra o Caminho que é Jesus. Mas nós é quem escolhemos por qual caminho queremos seguir. Nós é quem escolhemos entre o bom e o bom.
Não é mais entre o bom e o ruim que devemos optar.
Mas entre o bom de Deus e o bom do diabo.
O bom do Céu ou o bom da terra.
O ser feliz aqui ou o ser feliz lá, junto de Deus.
A glória daqui ou a glória de lá.
A coroa daqui ou a coroa de lá.
Um abraço e uma prece.